Um dos momentos mais marcantes da manifestação promovida pelos caminhoneiros no sábado passado em Ponta Porã foi o apoio que eles conseguiram da sociedade local. Durante a carreata, desenvolvida pelas principais avenidas da cidade, na manhã do sábado, 28 de fevereiro, as pessoas faziam questão de ir para as calçadas para aplaudir e manifestar o apoio ao movimento.

            O comércio, setor fundamental da economia local na geração de empregos e renda, atendendo pedido da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã, aderiu ao protesto contra a alta no preço dos combustíveis, principal motivo da manifestação dos caminhoneiros. Tanto as autoridades que representam patrões e empregados _ACEPP, SINDIVAREJO-PP e Sindicatos dos Comerciários, formalizar apoio ao movimento.

            O presidente da ACEPP, Eduardo Gauna, fez questão de participar do protesto que paralisou o trânsito na área central da cidade por várias horas. Vários comerciantes, atendendo ao chamado da diretoria da ACEPP, também entraram no protesto. Outros fecharam as portas durante a manifestação, dando uma demonstração clara de cidadania e respeito ao movimento. "A luta dos caminhoneiros é justa. Apoiá-los, é nossa obrigação porque eles querem melhores condições de trabalho e, sem eles, a economia entra em crise. Esta greve, considerada justa, está provocando desabastecimento no mercado local, porém, ela só está tendo continuidade diante da inflexibilidade dos nossos governantes que não atendem um pedido dos caminhoneiros", afirmou Eduardo Gauna.

            O presidente do SINDIVAREJO-PP, Amauri Nunes também engrossou a fila dos veículos da carreata: "este protesto tem o nosso apoio porque está sendo feito no momento em que nossas autoridades precisam dar uma resposta satisfatória no combate à corrupção. A sociedade não pode aceitar que o setor produtivo pague a conta dos desmandos. Os aumentos nos impostos, nos combustíveis e energia elétrica, anunciados pelo governo, vão sacrificar ainda mais a quem trabalha e produz, gerando renda e empregos", desabafou Amauri.

            Um dos líderes do movimento, pacífico e ordeiro, realizado no sábado passado, Cesar Lanzarin, demonstrou contentamento com a adesão de diversos setores da sociedade na carreta: "as pessoas estão entendendo nossa situação e o motivo pelo qual estamos lutando. Nosso movimento não para por aqui. Estamos mobilizados e prontos para novas manifestações que serão feitas sempre dentro da legalidade, de forma pacífica e ordeira", garantiu.

            A carreata de sábado, foi feita na área urbana porque os caminhoneiros estão proibidos de promoverem manifestações nas estradas federais. Em Ponta Porã, eles tomaram o cuidado de procurar as autoridades para anunciar a movimentação. A Prefeitura, através da Guarda Civil Municipal, deu total respaldo para evitar que ocorresse qualquer tipo de transtorno durante a carreata. A estratégia deu certo. O que se viu, durante toda a manhã, foi a população indo para as ruas aplaudir a atitude dos caminhoneiros.

 

Caminhões levando faixas em protesto à Presidente Dilma.

 

  

Bandeira do Brasil nos caminhões: movimento foi pacífico e contou com apoio da população.

 

​Organizadores calculam que mais de uma centena de veículos participaram do movimento.

Cesar Lanzarin disse que a categoria continua mobilizada e não descarta novos protestos na região.

Caminhoneiros protestaram contra a corrupção e com aumento nos preços dos combustíveis.

<< Voltar

Oi, tudo bem? Clique em algum dos setores abaixo e converse conosco pelo WhatsApp.

Vamos conversar no WhatsApp?