O manifesto contra a onda de violência em Ponta Porã, realizado nesta sexta-feira, entre as 8h30min e as 10h00min, fechou cerca de 70% dos estabelecimentos instalados no quadrilátero comercial da cidade e reuniu mais de 500 pessoas, entre taxistas, comerciantes, funcionários do comércio, representantes de entidades classistas e clubes de serviço e populares.

Aproximadamente 60 taxis saíram dos pontos no horário programado para a manifestação, que coincidiu com a reunião entre representantes da sociedade civil organizada de Ponta Porã e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Brasil Jacini, em Campo Grande.

Os taxistas se concentraram em frente à sede da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP), na Avenida Brasil, onde o trânsito foi parcialmente bloqueado. No mesmo local, manifestantes realizaram um apitaço, enquanto que os veículos que passavam pelo local buzinavam em apoio ao protesto organizado pelas forças vivas da fronteira.

Algumas lojas de Pedro Juan Caballero aderiram à mobilização e as casas de câmbio declararam que só abririam as portas a partir das 10 horas, em apoio ao protesto contra a violência na fronteira.

O Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Ponta Porã) também engrossou as fileiras contra a ação dos criminosos e à falta de estrutura das forças policiais, reservando a manhã desta sexta-feira para atividades docentes relacionadas a noções de cidadania e ações contra a violência.

Ainda durante a manifestação, todas as pessoas que estavam concentradas em frente à Associação Comercial participaram de uma caminhada pelas ruas centrais de Ponta Porã, portando faixas e cartazes que pediam mais segurança para Ponta Porã. Em frente às lojas fechadas ontem pela manhã, também foram expostos cartazes com a frase “fechado por mais segurança em Ponta Porã”.

Já em Campo Grande, os representantes de Ponta Porã, entre os quais o presidente da ACEPP, Eduardo Gaúna, e o presidente do SINDIVAREJO (Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã), Amauri Nunes, entregaram uma carta ao secretário WaltuirJacini, pontuando algumas das mudanças que esperam ser realizadas, para que seja implantada uma política diferenciada de segurança pública na fronteira.

Entre as sugestões estão: aumentar de forma permanente o efetivo policial que faz a repressão ao crime; aumentar de forma permanente o efetivo de delegados e agentes da Polícia Civil; instalar uma sede do DOF em Ponta Porã; construir um estabelecimento penal para presos provisórios e gerir junto ao prefeito municipal a celebração de convênios que absorvam a mão de obra do regime semiaberto.

O secretário Wantuir Jacini disse que o reforço policial (PM, DOF e PENAFRON) enviado à fronteira nos últimos dias vai ser mantido até o final do ano. Nesse interim, concursados da Polícia Militar e da Polícia Civil estarão em treinamento para assumir funções em Ponta Porã e em outros municípios de fronteira até dezembro. O incremento, segundo o secretário, incluirá viaturas, armamento e comunicação. Ele garantiu que a reação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, nas últimas duas semanas, efetuou prisões e reduziu o índice de criminalidade. A população de Ponta Porã, entretanto, desconhece estes números.

 

EdmondoTazza

Assessoria de Imprensa da ACEPP

 

 

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